terça-feira, 24 de setembro de 2024

Esportes coletivos e as marcas - Paris 2024

Em relação ao fornecimento de material das equipes de esportes coletivos que disputaram os Jogos de Paris, o levantamento da Jampo Sport Business analisou as competições de basquetebol 5x5, basquetebol 3x3, futebol, handebol, hockey, rugby e voleibol de quadra, todas elas nos dois gêneros. O estudo também comparou as movimentações ocorridas, tendo como parâmetros os Jogos de 2012, 2016 e 2020.
Os números apresentados deixam evidente que as marcas globais como Adidas, Nike, Puma e Asics, costumam estar presentes em mais de uma modalidade, o que denota, não apenas maior capacidade de investimento e atenção ao fortalecimento da marca, mas também maior flexibilidade para a "produção"/"disponibilização de itens, principalmente os têxteis, de forma mais diversificada.
Mesmo diante dessas características, é possível constatar uma espécie de “maior domínio” de algumas delas em dadas modalidades, o que vem a ser o caso da Nike com o basquetebol 5x5 e 3x3, a Mizuno no vôlei e a Adidas no hockey e no rugby.
No futebol, identificamos a mesma disputa entre marcas que há no futebol profissional, onde Adidas, Nike e Puma vestem as principais seleções.
Os números que embasaram o estudo permitem também especular sobre o grau de interesse despertado pelos países perante às marcas. Sob essa ótica, vemos que o Brasil, mesmo com representantes em cinco das modalidades: voleibol, rugby, handebol, basquetebol e futebol, só aparece com fornecedores globais nos dois últimos, sendo as demais supridas por marcas regionais.
O levantamento mostra ainda: 
  • A Adidas como a marca presente em mais modalidades, ficando ausente apenas nas competições de basquetebol 3x3 e 5x5 nos dois gêneros. Ainda sob essa ótica, vemos Nike e Puma empatadas na 2ª posição com nove modalidades cada.
  • Das quarenta e duas marcas encontradas na amostra, vinte (47,6%) tiveram equipes em apenas uma modalidade cada.
  • Quando voltamos nossa análise para a marca que vestiu mais times, a liderança passa a ser da Nike com 28, seguida por Adidas com 24 e Puma com 14. 
  • Em relação às medalhas conquistadas, as equipes que competiram com uniformes da Nike subiram doze vezes ao pódio, sendo quatro vezes no lugar mais alto. A Adidas foi a 2ª marca ao ganhar oito medalhas, das quais quatro foram de ouro.
  • As competições coletivas foram disputadas por 52 países. Pelo fato de ser facultado ao país que sedia o direito a participar de todas as competições coletivas, a França é a líder nesse quesito, seguido pelos Estados Unidos com onze e o Japão com dez.
  • A maior parte dos países teve mais de um fornecedor, vide, por exemplo, os casos do Japão com seis e da Alemanha com cinco. Já outros como a Austrália, a Sérvia e a África do Sul tiveram todas as modalidades supridas por apenas uma marca.
Vale, por fim, destacar que a maior parte das equipes vestiram uniformes das marcas que têm contratos com as respectivas federações, havendo, no entanto, aquelas que usaram as dos comitês olímpicos locais. Ilustram essas situações: o basquete da Austrália que tem a iAthletic como patrocinadora e que jogou com Asics e o rugby da África do Sul que tem contrato com a Nike, mas vestiu Maxed nos Jogos de Paris.





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