Devido à robustez do trabalho, usaremos esse espaço para citar apenas alguns dos inúmeros pontos que constam no material.
O somatório das três principais marcas globais - Nike, Adidas e Puma - ficou com uma participação maior do que no ano anterior 47,5% vs. 45,8%. Esse crescimento não significa que o movimento anteriormente percebido de “investimentos mais criteriosos” por parte destas marcas, onde o retorno comercial passou a ter um peso mais importante do que a mera exposição da marca, tenha sido revisto. Na verdade, as causas da situação atual parecem estar relacionadas a uma maior conscientização dos clubes quanto à mudança do mercado, o que fez com que passassem a aceitar formatos de negociação rejeitados em um primeiro momento. Além disso, os eventuais problemas e frustrações com fornecedores de menor porte também têm sua parcela influência nesse quadro.
Vale notar que a participação dessas marcas globais na Europa atingiram 46,4%, enquanto que na América do Sul somaram 21,9%. A propósito, excetuando 2014/15 – certamente influenciado pela Copa do Mundo realizada no Brasil – o percentual delas nesta região nunca ultrapassou os 30%.
No que diz respeito à performance das marcas individualmente, a Nike se manteve na liderança, seguida pela Adidas, Puma, Macron e Kappa, conforme pode ser visto no quadro ao lado.
Apesar de a “Marca Própria” constar na relação, não a consideramos para efeito de rankeamento, pois, o número ali apurado representa o somatório de várias marcas próprias. A consolidação tem como único intuito mostrar a variação desta modalidade de fornecimento.
No campeonato brasileiro o número de fornecedores diminuiu de dez para sete, valendo salientar que, para efeito da análise, agrupamos todas as marcas próprias como uma única, caso as desmembrássemos o número de marcas na competição subiria para doze.
Quando focamos as 30 equipes de maior faturamento de acordo com o relatório mais recente da Deloitte, relativo ao ano de 2018-19, fica bastante evidente a política adotada pelas três grandes marcas: em 2016-17 tinham a participação de 70%, passando para 80% em 2017-18 e 83,7% em 2018-19, salientando que na amostra total elas não chegam a 50% desde 2015-16.
Entre as cinco ligas mais valiosas, a liderança passou da Nike para a Adidas, o que não acontecia desde 2016-17.
Outra abordagem interessante da análise aponta para a queda da participação das marcas brasileiras, o que se explica pelo crescimento das marcas próprias no país. Ainda sobre essa modalidade de fornecimento, o estudo esboça um comparativo do mercado brasileiro e o europeu que, apesar de ter uma operação com essa característica, não deve aderir ao modelo de forma significativa.
Diante da elevada quantidade de informações, inclusive market share por país, é certo que tenham ficado de fora desse artigo algumas de relevado interesse, o que faz com que a leitura do estudo completo torne-se extremamente importante para se entender e refletir sobre o mercado de marcas esportivas, no caso, uniformes, no futebol mundial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário