terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Marcas esportivas no futebol 2020-2021


O mais recente estudo realizado pela Jambo Sport Business acerca das marcas que vestem os clubes da 1ª divisão dos 20 principais países acaba de ser publicado, podendo ser acessado através do link https://pt2.slideshare.net/jambosb/marcas-esportivas-nas-20-principais-ligas-20202021
Devido à robustez do trabalho, usaremos esse espaço para citar apenas alguns dos inúmeros pontos que constam no material. 
O somatório das três principais marcas globais - Nike, Adidas e Puma - ficou com uma participação maior do que no ano anterior 47,5% vs. 45,8%. Esse crescimento não significa que o movimento anteriormente percebido de “investimentos mais criteriosos” por parte destas marcas, onde o retorno comercial passou a ter um peso mais importante do que a mera exposição da marca, tenha sido revisto. Na verdade, as causas da situação atual parecem estar relacionadas a uma maior conscientização dos clubes quanto à mudança do mercado, o que fez com que passassem a aceitar formatos de negociação rejeitados em um primeiro momento. Além disso, os eventuais problemas e frustrações com fornecedores de menor porte também têm sua parcela influência nesse quadro. 
Vale notar que a participação dessas marcas globais na Europa atingiram 46,4%, enquanto que na América do Sul somaram 21,9%. A propósito, excetuando 2014/15 – certamente influenciado pela Copa do Mundo realizada no Brasil – o percentual delas nesta região nunca ultrapassou os 30%. 
No que diz respeito à performance das marcas individualmente, a Nike se manteve na liderança, seguida pela Adidas, Puma, Macron e Kappa, conforme pode ser visto no quadro ao lado. 
Apesar de a “Marca Própria” constar na relação, não a consideramos para efeito de rankeamento, pois, o número ali apurado representa o somatório de várias marcas próprias. A consolidação tem como único intuito mostrar a variação desta modalidade de fornecimento. 
No campeonato brasileiro o número de fornecedores diminuiu de dez para sete, valendo salientar que, para efeito da análise, agrupamos todas as marcas próprias como uma única, caso as desmembrássemos o número de marcas na competição subiria para doze. 
Quando focamos as 30 equipes de maior faturamento de acordo com o relatório mais recente da Deloitte, relativo ao ano de 2018-19, fica bastante evidente a política adotada pelas três grandes marcas: em 2016-17 tinham a participação de 70%, passando para 80% em 2017-18 e 83,7% em 2018-19, salientando que na amostra total elas não chegam a 50% desde 2015-16. 
Entre as cinco ligas mais valiosas, a liderança passou da Nike para a Adidas, o que não acontecia desde 2016-17. 
Outra abordagem interessante da análise aponta para a queda da participação das marcas brasileiras, o que se explica pelo crescimento das marcas próprias no país. Ainda sobre essa modalidade de fornecimento, o estudo esboça um comparativo do mercado brasileiro e o europeu que, apesar de ter uma operação com essa característica, não deve aderir ao modelo de forma significativa. 
Diante da elevada quantidade de informações, inclusive market share por país, é certo que tenham ficado de fora desse artigo algumas de relevado interesse, o que faz com que a leitura do estudo completo torne-se extremamente importante para se entender e refletir sobre o mercado de marcas esportivas, no caso, uniformes, no futebol mundial.




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